Nota em defesa do movimento estudantil

Nos últimos dias têm acontecido manifestações em diversas capitais brasileiras. O motivo é comum em todas elas: a luta por um transporte público de qualidade por um preço justo. Na maioria dos casos, o aumento foi indicação do poder executivo municipal de forma unilateral, sem diálogo com os representantes das pessoas que utilizam o transporte coletivo.

Os jovens, organizados no movimento estudantil têm realizado grandes mobilizações e levado às ruas milhares de pessoas que também reivindicam qualidade e preço justo no transporte público. Têm defendido os trabalhadores de diversas capitais brasileiras que cotidianamente enfrentam as maiores dificuldades possíveis para se locomover de casa para o trabalho. Estudantes que mesmo com coletivos lotados e sucateados, os encaram para chegar às universidades.

Esses jovens, protagonistas de uma causa justa só têm recebido violência em resposta as suas reivindicações. Vimos que em várias cidades, mas principalmente em São Paulo, a repressão foi intensa e sem nenhuma razão.

Muitos foram os estudantes vítimas de agressão policial durante os atos contra o aumento de tarifa. Agressões covardes e que só tinham uma intenção: tolher o direito à livre manifestação, que é assegurado pela constituição brasileira.

E ainda há outra agressão que o movimento estudantil vem sofrendo: os constantes ataques da mídia conservadora, que invariavelmente tacha estudantes de vândalos. Essa mesma imprensa, sem nenhum pudor, classifica as manifestações como ilegais e violentas, não noticiando os abusos cometidos pelo poder público, que ordena ataques contra estudantes, como se fossem terroristas.

A Juventude Socialista Brasileira repudia as atitudes covardes tomadas contra o movimento estudantil nos últimos dias. Qualquer tipo de violência não deve acontecer em um estado laico. Colocamo-nos ao lado dos jovens, estudantes e trabalhadores brasileiros na luta por algo que nos é de direito, o transporte público de qualidade.

Verás que um filho teu não foge à luta!

 Brasília, 15 de junho de 2013

Direção Executiva Nacional