Pensar na preservação da cultura e garantir as especificidades regionais não é tarefa simples. Diante disso, a Juventude Socialista Brasileira de Alagoas (JSB/AL), vem realizando um amplo trabalho junto à diversas comunidades na intenção de afirmar o coco, como uma dança com referências fortes da identidade local e que serve de agente da cidadania para a população.
Para quem não conhece, o coco é um ritmo originalmente criado no Estado de Alagoas e é acompanhado da dança que leva o mesmo nome. Coco significa “cabeça”, fazendo menção à memória, de onde vêm as músicas, na sua maioria, de letras simples. Tem na sua origem a influência africana e indígena.
O conjunto da obra é acompanhado por dança e cantoria executada em pares, fileiras ou círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino e recebe em cada um desses lugares uma nomeclatura diferente, como por exemplo: coco-de-roda, coco-de-embolada, coco-de-praia, coco-do-sertão, coco-de-umbigada, que são os mais comuns, assim como os instrumentos que tem nome e utilização específicas.
O som característico do coco vem de quatro instrumentos: ganzá, surdo, pandeiro e triângulo, mas o som que marca de fato a cadência desse ritmo é o repicar acelerado dos tamancos. A sandália de madeira funciona como um quinto instrumento, se duvidar, o mais importante deles. Além disso, a sonoridade é completada com as palmas.
Fundamentado nessa magnífica expressão da cultura alagoana, a JSB vem realizando competições em várias regiões de Maceió no intuito de levar mais cultura dessa cultura à população local, bem com proporcionar a oportunidade de transformação das comunidades periféricas através do acesso a cultura de raiz.